Você está satisfeito com o desempenho de Deus?
Esta foi a bizarra pergunta de uma pesquisa feita pelo instituto Public Policy Polling, nos Estados Unidos. Das 928 pessoas que responderam à entrevista, 52% aprovam o trabalho que Deus tem realizado, enquanto 9% desaprovam e 40% “não tinham certeza” sobre a performance de Deus.
A pergunta não me assusta. Há muito Deus tem sido visto como um executivo de luxo para atender nossas necessidades. Ao levantar a prece, espera-se que Deus aperte a tecla <enter> garantindo o envio do pedido feito. Ou então que, ao invocar seu nome, toda a proteção divina repouse supersticiosa sobre nós como garantia de bem-estar. Ou, pior ainda, que por carregarmos o rótulo de “cristão” na testa, Deus é o responsável por abrir as torneiras da prosperidade.
E assim, Deus tem sido avaliado de acordo com o nosso gosto,nossas convicções e nossos anseios. Não se questiona o que Deus pensa disso. Mas o que nós pensamos dEle.
Essa onda de avaliações adentrou também os muros das igrejas feito um verdadeiro tsunami. A verdade é varrida para debaixo do tapete do ego do “fiel”. Igrejas transformaram-se em uma grande empresa, com direito a promoção e renovação de contrato para o pastor eficiente, diplomático e carismático. Não se leva mais em conta como Deus esperava que tudo acontecesse, mas o gosto da clientela. Deus tornou-se apenas um coadjuvante de nossos caprichos e ambições.
Uma sutil e perniciosa inversão de valores. Quem mede a produtividade de quem?
Neste ponto somos ajudados pelo apóstolo Paulo, quando ele fala sobre o exercício do seu ministério: “Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1.10). Em outras palavras, se ouvimos sempre o que nos agrada, é bom ter cuidado. Talvez não seja a verdadeira voz de Cristo.
A ordem não é de baixo para cima. É o inverso.
É o cúmulo do ridículo avaliar o desempenho de Deus. E se fosse o contrário? Você aceitaria passar em público um filme de sua vida? Falo do filme completo, incluindo pensamentos, desejos, olhares, palavras, atos e omissões, e não um trailer de partes selecionadas. Deus aprovaria seu desempenho?
Não, Ele jamais aprovaria nosso desempenho. Um único deslize seria o suficiente para nos levar para longe da sua perfeição e santidade.
É então que reconhecemos, unicamente pelos olhos da fé, ser Jesus o único capaz de aprovação diante de Deus. Obediente ao extremo. Amoroso ao sacrifício. Perfeito em tudo. Até quando disse o que as pessoas não queriam [mas precisavam] ouvir.
Quando Deus nos olha através de Jesus, Ele aprova nosso desempenho.
Porque o sangue que Jesus derramou na cruz nos purifica de todo mau desempenho.
(Pastro Julio Jandt – Itararé, SP)
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