quinta-feira, setembro 29, 2011

Tradução para todos

tradução      Amanhã, 30 de setembro, é o Dia Mundial da Tradução, data da morte de Jerônimo no ano de 420 – o teólogo cristão que traduziu a Bíblia para o latim. Para realizar uma tradução fiel aos originais, Jerônimo viveu na Palestina durante 20 anos para estudar hebraico com rabinos e pesquisar os manuscritos da Bíblia. Sua tradução tornou-se conhecida como Vulgata (vulgus), língua comum das pessoas. No entanto, esta versão tornou-se por um longo período a única permitida pela Igreja, e com isto, restringiu as Escrituras somente às pessoas que entendiam latim. Felizmente, hoje é possível encontrar a Sagrada Escritura, completa ou em porções, em mais de 2.527 línguas. Há o projeto "Visão 2025” que pretende ver a tradução da Bíblia em todas as línguas restantes (estima-se que 2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisam de uma tradução da Bíblia).

Deus dá o canavial, nós é que escolhemos fazer rapadura ou pinga

cachaca rapadura1

"Um rapaz perguntou ao Padre:
- Por que Deus é uma onipotência benevolente?
O Padre pensou por um breve momento e respondeu:

quarta-feira, setembro 28, 2011

Estamos perdendo para a guerra cultural gay

Scott Lively

Muitos cristãos somente agora estão acordando para a seriedade da ameaça que representa à nossa sociedade o movimento homossexual. Mas infelizmente, para todos nós, apenas o som dos trompetes anunciando a vitória dos ativistas gays tirou os cristãos do seu sono. Os muros de guarda foram quebrados e invadidos, a cidade está em chamas, e os guerreiros triunfantes da cultura gay estão puxando uma longa corda de jovens prisioneiros pelo pescoço em direção à floresta. E o mais perturbador é que

segunda-feira, setembro 26, 2011

Mais real e menos virtual

mundo-virtual-8f730 Um milhão de pessoas. Esse é o número de vítimas diárias de crimes cometidos pela internet, no mundo. Desde vírus até desvios de dinheiro, o prejuízo gerado por tais golpes chegam a 388 bilhões de dólares. No Brasil, cerca de 77 mil brasileiros sofrem golpes cibernéticos diários.
De uns tempos para cá tem sido assim: a nossa vida tem ficado cada vez mais virtual, e menos real. Há lucros, obviamente. Mas também há

Ser Ludovicense

(Autor Desconhecido)


sao-luisTu és ludovicense quando:
Tu chamas São Luís de Upaon-Açu e sabes o que significa !!!!
Tu já banhaste de mar em Panaquatira... mesmo o mar estando
bem distante ...aliás muito , muito , muito.... só tu sabes o
quanto a maré desce !!!!
Tu já deste pelo menos uma volta na litorânea...seja isso a
pé ...ou de bicicleta ...só pra começar uma dieta ou pra ver
o pôr-do-sol !!!!
Tu já comeste um bom arroz de cuxá , peixe pedra frito ,
caranguejo a toc-toc ...ou já levaste um amigo turista para
comer isso tudo ao mesmo tempo sem ao menos perguntar

Uma Mente Aberta!

cerebro A humildade ainda é um grande diferencial do ser humano. Nos dias atuais tem muita gente que sobe num tijolo e já quer dar discurso. Podem até ser bons mas falta humildade e com a falta desta fere-se a credibilidade.
Errar faz parte do crescimento. O erro é um indicador de ação. Um diamante imperfeito é melhor que um tijolo perfeito. Se falam mal de você, viva de maneira que ninguém acredite neles.
Quando falar, afirme de maneira positiva. Não diga: “Não vou conseguir esse projeto”: “O dinheiro para pagar a parcela da casa não vai dar”. Afirme: “Vou dirigir esse projeto”: “Vou ganhar esse dinheiro e pagar minha casa no menor prazo possível”.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Reinos que afundam

 

sealand      Alguém já ouviu falar do país com o tamanho de uma quadra de vôlei? É o Principado de Sealand,  uma plataforma marítima construída na costa britânica para servir de forte contra o nazismo. Em 1967, o militar inglês Roy Bates se apoderou da edificação e proclamou independência do Reino Unido. A menor nação do mundo tem constituição, hino, bandeira e moeda. Nesta semana, o “príncipe” e seu filho estiveram em Porto Alegre e aproveitaram para vender títulos de nobreza e cidadania. Ninguém comprou. Sem reconhecimento internacional, Sealand permanece nos mapas ingleses como um "forte de guerra declarado Estado independente por seus proprietários".

     Não pude deixar de pensar em nossos autoproclamados reinos ao ler esta notícia. Afinal, todas as nossas conquistas, grandes ou pequenas, são plataformas usurpadas, apossadas, no momento quando declaramos independência. Podemos até dizer “isto é meu”, mas é uma grande mentira. “A terra é de Deus”, diz a Bíblia. “Portanto, ela não será para sempre daquele que a comprar. Deus é o dono dela, e para ele nós somos estrangeiros que moram por um pouco de tempo na terra dele” (Levítico 25.23). Esta é a
verdade sobre tudo o que possuímos. E sabemos disto. Mas não basta saber, é preciso também viver isto a fim de não sermos tão ridículos iguais ao príncipe de Sealand. Qualquer dia a plataforma vai afundar ou alguém vai acabar com a brincadeirinha, e daí, o que sobrará? “Nasci nu e nu morrerei”, disse Jó ao perder toda a riqueza.

     Creio que se o militar tivesse solicitado, a rainha Elizabeth teria dado de presente este monte de ferro e cimento fincado no oceano. É o que Deus espera de nós, que digamos a ele: - Senhor, peço permissão para usar a vida, o corpo, o tempo, os dons, os bens materiais. E ele dará, conforme a boa vontade dele. Foi Paulo quem afirmou: “Se ele nos deu o Filho, será que não nos dará também todas as coisas?” (Romanos 8.32).  Portanto, longe de nós estes tipos de reinado. Eles afundam. 

Marcos Schmidt

pastor luterano

terça-feira, setembro 20, 2011

CPT 16 – Pessoas com Deficiencia

Fora de órbita

 

*Márlon Hüther Antunes

size_590_satelite          Satélites e astronautas, os maiores responsáveis pelos16 mil objetos que estão em órbita em nosso planeta, agora correm o risco de serem atingidos por este lixo espacial produzido e que voa numa velocidade de mais de 28 mil quilômetros por hora. Parece justo, afinal, porque poluíram tanto nossa atmosfera? Não bastassem rotas serem alteradas pelos cientistas e profissionais, para evitarem um prejuízo milionário, agora o perigo ronda nossas próprias cabeças. Não parece injusto, afinal todos nós de uma forma ou de outra nos beneficiamos, contribuímos para as tecnologias e pesquisas, a fim de melhorar nossa qualidade de vida. O problema é quando as coisas ficam fora de órbita.

         Numa cultura onde tudo o que não serve é descartado, é deixado de lado para o “tempo” consumir, corre-se atrás apenas de interesses próprios e novidades, o que fica de lado pode causar uma grande dor de cabeça. E se a quantidade de lixo espacial acima de nós chegou a um nível extremo, a lógica de que tudo o que sobe desce, de que toda ação gera uma reação, agora podem mais uma vez se concretizar: Uma notícia divulgada no início desta semana aponta para o perigo de detritos de um satélite desativado cair na terra, e, dependendo o local ou sobre quem, poderá ser catastrófico. Ainda é imprevisível o local, a probabilidade de acertar um ser humano é grande: um em 3.200. Uma loteria que ninguém quer ser sorteado; espero que a água mais esta vez nos salve!

         Desde que o ser humano descartou a possibilidade de entregar a Deus seus passos, ficou fora de órbita, fora do percurso natural (1ª Coríntios 10.12). Por mais que tente alterar rotas, aumentar seus dias, investir mais em si, a probabilidade de colisão - um “acerto de contas” - é grande. No fim, todos são culpados (Romanos 3.23) e precisam de uma reciclagem: *“Portanto, lembrem do que aprenderam e ouviram. Obedeçam e se arrependam. Se não acordarem, eu os atacarei de surpresa, como um ladrão, e vocês não ficarão sabendo nem mesmo a hora da minha vinda” *(Apocalipse 3.3).

         Como nada acontece sem o consentimento do Criador (Mateus 10.29), e pela sua misericórdia não permite que todas as consequencias de nossos atos e omissões caiam sobre nossas cabeças, fica a esperança de que mais uma vez Ele lance nossos detritos no mar e nos salve das consequencias, pois conforme o profeta *“**Novamente, terás compaixão de nós; acabarás com as nossas maldades e jogarás os nossos pecados no fundo do mar”* (Miquéias 7.19). Esta compaixão só é valida quando firmada na Pedra Angular (Salmo 118.22), na Água da Vida (Apocalipse 7.17). Melhor é saber que depois de lançados no mar, Deus não os trás nem pesca de volta! Uma ação amorosa fora de órbita, do ponto de vista natural.

*É Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió, AL

segunda-feira, setembro 19, 2011

Você Aprende pela Dor e pelo Amor!

 

corretivo.jpg     O amor é o grande ideal de vida do ser humano e aprendemos muito com ele, porém, a dor ensina muito mais. Quem apanha não esquece. Geralmente em todas as grandes histórias de sucesso vieram de histórias de fracassos.
     Na vida nós temos que vencer o nosso maior inimigo que é a zona de conforto. Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer. O sucesso é meio parecido, tem um preço a pagar e nem sempre as pessoas estão dispostas a isso.
     Observamos que algumas pessoas têm potencial, mas ao mesmo tempo permanecem no anonimato. A pergunta que se faz é: Por que esses profissionais preferem ficar nos
bastidores?
     Muitas pessoas que tem uma capacidade incrível de trabalho e ficam escondidas atrás das cortinas. Sinto que em muitos casos o que pega mais forte é o perfil da pessoa, a sua personalidade que fala mais alto.
    Se todos ficarem na berlinda, nas luzes da ribalta, no alto do pódio, o que será do trabalho? Se um time é formado somente por estrelas, quem vai carregar o piano?
     Mesmo assim, enxergo também que tem muita gente que desperdiça seu talento ficando escondida por medo de alguma coisa e na realidade esse medo engessa as suas atitudes, o seu comportamento e anula as suas possibilidades.
     Esse pensamento engessado e coração fechado pode se abrir por duas grandes motivações do ser humano: O amor ou a dor. A questão é que aprendemos muito com isso.
     Igual a história do cidadão que, querendo encurtar caminho naquela noite para sua casa caiu numa cova num novo cemitério que estava se abrindo. Como não conseguia subir resolver esperar até o amanhecer.
      Acontece que um bêbado também ia passando por ali e também caiu na mesma cova. Então o que já estava lá na cova pegou no braço do bêbado e disse: Rapaz, você não pode sair daqui. Zig Ziglair conta que o bêbado subiu aquelas paredes igual um gato fugindo de um cachorro feroz.
     Algumas vezes me perguntam se a dor ensina a ser nobre e eu penso que nobreza tem mais a ver com caráter, personalidade e educação.
     Mas a dor com certeza ensina a viver, agrega experiência. Mesmo assim, tem muita gente que sofre e não aprende nada. Neste caso, não aprendem sequer com o amor.
     E o principal conceito que fica é que quem aprende pelo amor economiza caminhos, não precisa bater com a cara no muro para aprender. Nem todos conseguem.
Pela dor ou pelo amor, nada pode impedir um ser humano com atitude positiva para atingir seus objetivos e nada pode ajudar um ser humano com atitude mental negativa.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!


(Gilclér Regina)

quinta-feira, setembro 15, 2011

Educação Financeira - Febraban

     A Febraban criou um site que tem a proposta de orientar o consumidor a ter uma relação melhor com seu dinheiro. Não se trata de ‘métodos’ para enriquecimento como a maioria de sites do tipo propõem, mas de ajudar a lidar melhor com a questão financeira dentro e fora de casa.

     Acesse; http://www.meubolsoemdia.com.br/

     Vale a Pena!!

quarta-feira, setembro 14, 2011

Vai-se a mão, fica a vida

127-horas      Médicos alertam que o filme “127 horas” pode provocar desmaios. É que a produção dramatiza a história real do alpinista americano Aron Ralston, que precisou arrancar a própria mão para se livrar de uma rocha que o prendeu por mais de cinco dias. Ele mesmo admite que não sabe a origem de tamanha coragem: "Eu consegui primeiro quebrar o rádio e minutos depois quebrei o cúbito na área do pulso", referindo-se aos dois ossos do antebraço. Por fim ele usou um canivete para cortar o que ainda segurava a mão.
     Não vi o filme que foi lançado neste ano, mas em 2003 o episódio me deixou impressionado e rendeu um artigo. Escrevi que, em outras situações não é a mão que precisa ser cortada fora, mas coisas que persistem nas mãos e prendem o corpo: bebida, cigarro, drogas, comida, jogo, volante perigoso do carro, cartão de crédito, ou até a mão de outra pessoa. No entanto, a biografia deste alpinista torna explícito o contundente alerta de Jesus sobre os perigos espirituais: - Se uma das suas mãos faz com que você peque, corte-a e jogue fora! Pois é melhor entrar na vida eterna sem uma das suas mãos do que ter as duas e ser jogado no fogo eterno (Mateus 18.8). Evidentemente que tais palavras não podem ser interpretadas de forma literal, caso contrário, todos ficaríamos manetas. E é bom dizer que, se Aron não sabe explicar de onde surgiu a bravura, o cristão tem a resposta: “Porque o Espírito que vocês receberam de Deus não torna vocês escravos e não faz com que tenham medo” (Romanos 8.15).
     Interessante ainda notar que as mesmas rochas que quase mataram o alpinista são a própria vida dele. Alpinistas existem porque existem rochas. A Bíblia é categórica: Cristo é uma pedra de grande valor para os que crêem, mas para os que não crêem é a pedra em que as pessoas vão tropeçar (1 Pedro 2.7,8). Em Cristo, Deus é fonte de vida e fonte de morte, de salvação e de condenação. Ainda bem que temos 127 horas. Por isto, apesar do alerta dos médicos, vale a pena ver o filme.
(Pastor Marcos Schmidt - Igreja Evangélica Luterana do Brasil - Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo)

terça-feira, setembro 13, 2011

Forasteiro em terra estranha

      “Chuvas deixam 45 cidades em emergência em ultimas noticiasSanta Catarina e quase 1 milhão de afetados.”; “Risco de calote na Grécia derruba Bolsas pelo mundo.”; “Tiroteio causa pânico em casamento na Turquia.”; “Incêndio mata mais de 100 no Quênia.”; “Polícia americana prende 20 em igreja que funcionava como bordel.”; “Ministério Público Federal denuncia famoso líder evangélico por evasão de divisas.”…

     Assim está o mundo hoje.

     Me lembro então dos patriarcas do Antigo Testamento listados na carta aos hebreus (Hb 11) entre os quais está inclusa até uma prostituta. Mas o interessante mesmo é que todas estas pessoas, de carne e osso, de atos heróicos e falhas incontestáveis, mas de sincera fé no Messias que seria enviado e hoje cumprido em Jesus, tinham a mais singela consciência de que estavam neste mundo apenas de passagem. Confessaram-se a si mesmos “estrangeiros e peregrinos”.

     Não é à toa que o mesmo capítulo 11 diz, no verso 14: “Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria”. Não uma pátria humana. Mas celestial. Ou seja, enquanto reconhecemos que somos forasteiros, não nos sentiremos completamente em casa aqui na terra. Isso acalmou meu coração.

     Não é aqui o lugar da glória. Provavelmente não nos sentiremos seguros de que os povos em guerra farão um acordo concreto de paz. Ainda teremos desabrigados… Haverá igrejas que não são igrejas... O comércio da Palavra continuará em alta… Você poderá ser denegrido pela fofoca... Perderá pessoas que ama… Derramará lágrimas de dor e também de emoção…

     Sentindo-nos estranhos, inconformados e não muito à vontade, nosso coração gritará. E nos fará ansiosos pela verdadeira e feliz pátria.

     Para aqueles que esperam essa pátria perfeita, Deus mesmo garante: “Eu já preparei essa cidade”. E ela não é a Babilônia daqui. É a Jerusalém celeste.

     Até esse dia chegar, não se apavore. Nem revide. Também não se tranque em seu egoísmo. Apenas permaneça com Jesus. Creia nele. E seja realista.

(Pastor Júlio Jandt – Itararé, SP – com pequenos ajustes do texto original)

domingo, setembro 11, 2011

“A ‘Matemática’ do Perdão” - Mt 18.21-35

P. Élvio Nei Figur

     Dentre os seguidores de Jesus, Pedro era um dos mais ‘matemáticos’. Ele era aquele que insistia nos detalhes. Assim, era de se esperar que o matemático Pedro procurasse uma fórmula para definir os ensinos de Jesus também quando o assunto era o perdão; “- Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?” (Mt 18.21) - ele perguntou a Jesus pensando que seu cálculo estava sendo bem generoso, já que os rabinos aconselhavam que se perdoasse três103057348 vezes...

     Robert F. Capon, sacerdote Episcopal, escreveu certa vez que, “se o mundo pudesse ter sido salvo por meio de uma boa contabilidade, teria sido salvo por Moisés, e não por Jesus”. Mas como Pedro queria números, Jesus os dá; “- Não! Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete” (Mt 18. 22).

     Jesus não queria que Pedro fizesse o cálculo, mas que ele e os demais entendessem que o perdão não é um tipo de coisa que pode ser calculado matematicamente, pois nenhum número seria capaz de mostrar a grandeza do amor perdoador que deve ser encontrado no coração dos que crêem.

   Mas a pergunta ‘matemática’ de Pedro, no mínimo, provocou outra das impressionantes histórias de Jesus. Desta vez o mestre fala a respeito de um servo que havia, não se sabe como, amontoado uma dívida de dez mil talentos. Na época a moeda chamada ‘Talento’ podia ser de ouro ou de prata. Estima-se que os dez mil talentos valeriam hoje, se fossem de prata, cerca de 100 milhões de reais. E se fossem de ouro, valiam 30 vezes mais…

     Mais uma vez o propósito de Jesus não é estabelescer um valor de dívida, já que era praticamente impossível imaginar que um servo, mesmo um do mais elevado escalão, pudesse acumular uma dívida tão grande. O propósito ‘matemático’ era mostrar que a dívida era impagável. Assim, mesmo que o servo trabalhasse a vida inteira, ou fosse confiscada a familia inteira e as propriedades daquele servo, isso não dimiuiria em nada o valor da dívida. Mesmo assim, tocado pela piedade, aquele rei cancela toda a dívida e deixa o servo ir livre...

     Esta é a primeira parte da história de Jesus.

     Fica claro aqui que o rei na história representa Deus. E isso já é mais do que suficiente para aprendermos que o que recebemos dEle, a saber, o Perdão por nossa dívida pela transgressão da lei, é algo incalculável, e que, por isso não há no mundo o que possamos fazer para demonstrar gratidão por Deus não levar em conta nossa desobediência à sua lei.

     Mas, como Pedro e nós gostamos de ser ‘matemáticos’ em tudo, inclusive no trato com os irmãos, Jesus continua sua história mostrando que, ‘se por um lado ele nos ama, do outro, nosso comportamento o enoja’ (PY – M.Graça);

     Aquele servo perdoado encontra-se com um de seus subordinados, que lhe devia algum dinheiro; 100 denários. Um denário era o salário de um dia de trabalho do servo comum. 100 denários equivaleria, nos dias de hoje, a algo entre 3 e 4 mil reais. Valor considerável, mas insignificante perto do valor que havia sido perdoado.

     E a história se inverte;

     O servo que acabara de ser perdoado agarra aquele que lhe deve e exige o reembolso do valor integral sem permitir sequer que o servo tenha um prazo razoável para saldar a dívida. Como não tem o dinheiro, o devedor é levado para a prisão.

     Não é preciso ser ‘matemático’ para entender que aquele que fora perdoado pelo rei demonstrou um comportamento que causa repulssa; uma revoltante ingratidão para com seu semelhante. E isso faz com que o rei volte atráz em sua decisão e o obriga a pagar por cada centavo, cada denário e cada talento de sua impagável dívida.

     Se Deus é representado pelo rei, o servo que que foi incapaz de demonstrar misericórdia é uma personificação de nós mesmos... Assim, o recado de Jesus é simples e direto; “É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão” (Mt 18.35). Em outras palavras, ‘qualquer pessoa que é insensível e implacável em relação a seu semelhante, com isso nega e rejeita a graça e a misericórdia de Deus, e por isso sua dívida antiga é, novamente, debitada em sua conta’ (Kretzmann).

matematica       Alguém talvez sugira que a dívida do conservo (3 a 4 mil reais) poderia não ser lá uma dívida tão facilmente perdoável, afinal para quem recebe um salário mínimo por mês, são vários meses de trabalho... Sim, Deus sabe que perdoar o irmão ou a irmã não é tão facil assim... Mas ao pensarmos ‘matematicamente’, estamos caindo no mesmo erro de Pedro que achava que o perdão era limitado a um cálculo. A mensagem de Jesus é clara; ‘Se fossemos cobrados de maneira Justa, todos iríamos parar no inferno’.

     ‘Deus deseja muito ver nas pessoas o reflexo de sua própria imagem; Mas, quando muito, ele vê apenas pequenos fragmentos diluídos dessa imagem. Mesmo assim, Deus não pode e não vai desistir’ (PY). E isso deveria reger nossas atitudes. Deveriamos, humildemente, nos conscientizar de que ‘Deus já nos perdoou uma dívida do tamanho de uma montanha e que, ao lado dela, quaisquer erros pessoais contra nós se encolhem como formigas’ (PY), por maiores que pareçam aos nossos minusculos olhos ‘matemáticos’.

     Pense bem; Nós mereciamos castigo pela nossa desobediência ao criador, e obtivemos perdão; Mereciamos a ira e recebemos amor; Mereciamos a cadeia do devedor e recebemos, em vez disso, uma ficha limpa; Mereciamos advertências severas e deviamos nos arrepender rastejando de joelhos, mas recebemos um banquete...

     A Graça de Deus é assim porque a ‘matemática’ da graça não-merecida, diante de Deus, tem primazia (prioridade ablouta) sobre a ‘matemática’ dos merecimentos morais’ (Adapt de Miroslav Volf). Em outras Palavras, C.S Lewis resume; ‘Ser cristão significa perdoar o imperdoável, porque Deus perdoou o imperdoável em você’.

sábado, setembro 10, 2011

Edifício bem construído

images (1)      "Eu achei que aquilo poderia servir de lição, mas as pessoas se embruteceram ainda mais", disse um médico brasileiro que perdeu o filho nas torres gêmeas. Setenta nações estrangeiras tiveram filhos mortos neste onze de setembro. Uma tragédia globalizada que deveria fazer a humanidade refletir e mudar de direção. Mas, nestes dez anos, trilhões em dinheiro foram gastos em guerras e o ódio se multiplicou. Enquanto isto, um bilhão de pessoas passa fome num planeta moribundo pela ganância que aniquila o meio ambiente e que joga no lixo toneladas de alimento. Na Somália a falta de comida pode matar 750 mil pessoas nos próximos dias. Mas, outro edifício se ergue no World Trade Center enquanto 600 mil soldados americanos voltam do Iraque e do Afeganistão com sequelas físicas e mentais, necessitando de socorro público para o resto da vida. Osama bin Laden está morto e do outro lado Anders Behring Breivik ressuscita na Noruega, engordando o ódio entre o Ocidente e o Oriente. O próximo atentado é uma questão de tempo... 

     Três dias após o ataque, o pastor Billy Graham pregou na Catedral Nacional de Washington: "Temos que nos arrepender e nos voltar para Deus”. O mundo inteiro precisa voltar-se para Deus. Torres de Babel são erguidas insistentemente no mesmo desejo antigo de celebridade, e por isto a confusão. Torres na família, na política, na religião, na economia. Torres de ambição, de injustiça, de intolerância, de egoísmo. Torres que suscitam inveja, ódio, inimizade, terrorismo, destruição.

     O médico brasileiro tem razão em sentir-se frustrado com morte de seu filho. Foi em vão. Ele exibe no consultório uma réplica das torres gêmeas para nunca esquecer-se dele. Nós cristãos temos a cruz do Filho de Deus e nosso sentimento é outro. Dizem as Escrituras que Cristo destruiu a inimizade que havia entre os povos, e os que nele crêem são como um edifício bem firme que nunca será derrubado (Efésios 2.21). É o que vale neste vale da sombra da morte.

(Pastor Marcos Schmidt - Igreja Evangélica Luterana do Brasil)

sexta-feira, setembro 09, 2011

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O Alvo

          Na década de 40 apreciávamos os filmes de Robin Hood, aquele exímio flecheiro que não errava uma fleche. Ele usava o seu excepcional talento em favor dos injustiçados. Nós nos espelhamos nele, pois era nosso desejo, como jovens, acertar sempre. Nas quermesses de igrejas havia o tiro ao alvo. Quem acertasse os cinco tiros disponíveis levava um prêmio, coisa pequena: uma boneca, uma bola, uma garrafa de vinho. Dos cinco tiros errávamos três ou quatro, o que significava não levar prêmio. Desejávamos muito acertar o alvo.

      Robin Hood é passado, quermesse não vê mais. Nossos heróis de hoje são os “donos” da bola. Nos espelhamos neles, pois, como eles, desejamos fazer o gol – acertar o alvo, não errar. will-smith-robin-hood-4

      No sentido espiritual errar é pecar. A palavra pecado vem do grego “hamartia” e significa exatamente errar o alvo (ou acertar o alvo errado). E todos erramos (Tg 4.17 e Rm 3.23) Como cristãos reconciliados com Deus pela fé em Cristo Jesus, desejamos não errar, bem como Pulo desabafa: “Eu não entendo o que faço porque não faço o que  gostaria de fazer. Ao contrário, faço justamente aquilo que odeio”  (Rm 7.15). Erramos o alvo – pecamos.

      Pecado é transgressão a qualquer Lei divina. Pecado de omissão é negligenciar o que a Lei ordena. Pecado de cometimento é o fazer de qualquer cousa proibida pela Lei.

      Jesus acertou o alvo. Fez a vontade do Pai e revelou o seu amor. Realizou a reintegração de posse do Paraíso invadido pelo mal. De fato “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades... foi traspassado pelas nossos transgressões... oprimido e humilhado... como cordeiro foi levado ao matadouro... ferido e cortado da terra dos viventes” (Is 53.4ss).

      Jesus acertou o alvo. Eu creio nisso. Por isso, apesar de não acertar o alvo quando deveria, pela fé, arrependido e perdoado, “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).  

      A volta ao Paraíso – nosso alvo maior.

      Guido Ruben Goerl – Pastor emérito da IELB.

quinta-feira, setembro 08, 2011

CINCO SEGREDOS DO SUCESSO

O cachorro

cao_amigo     Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou.

    Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca.

Ele pegou o bilhete e leu:  - Envie 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor.

Assinado....

     Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de cinquenta Reais.Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro,colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.

     O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.

     O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.

     O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou  em uma casa e pôs as compras na calçada. Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.

     Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa.

     Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.Depois disso, caminhou de volta à porta; foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.

O açougueiro correu até a pessoa e a impediu, dizendo:

- Por Deus do céu, o que você está fazendo ? Seu cão é um gênio!

A pessoa respondeu:

     - Um gênio ?  Esta já é a segunda vez na semana que este estúpido ESQUECE a chave !!!

Moral da História:

     Você pode continuar excedendo às expectativas, mas para  os olhos de alguns, você estará sempre abaixo do esperado.

     Qualquer um pode suportar a adversidade, mas se quiser testar o caráter de alguém, dê-lhe poder.

     Se  algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

Amadores construíram a Arca de Noé;  profissionais, o Titanic.

Quem conhece os outros é inteligente.

Quem conhece a si mesmo é iluminado.

Quem vence os outros é forte.

Quem vence a si mesmo é invencível  !!!

terça-feira, setembro 06, 2011

A NOSSA PÁTRIA - Pastor Fernando E. Graffunder

patria      A nossa pátria é o lugar onde moramos; a terra que defendemos; o povo com o qual nos identificamos. Dentro de suas fronteiras nos sentimos seguros e por ela temos sentimentos. Atualmente, a nossa pátria amada está em foco e a sociedade é convocada para refletir sobre assuntos que dizem respeito a ela. Como andam a política, a educação, a saúde das pessoas, a honestidade e o bem querer do semelhante?

     É difícil pensar no bem coletivo quando o egoísmo está no comando. Existem muitas pessoas que fazem verdadeiros sacrifícios para que a sociedade viva em paz e harmonia. Outras tantas pensam e agem apenas para terem proveito próprio, não importando as conseqüências.

     A nossa pátria é feita de pessoas que ensinam, educam e oram. Infelizmente, é feita de pessoas que roubam, estragam e são corruptas. Os meios de comunicação apresentam diariamente os prejuízos que muitos compatriotas causam por causa de suas ações maldosas. Mas, é hora de pensar nas pessoas de boa índole. Precisamos agradecer a Deus pelas pessoas que não aparecem, mas fazem de tudo para que o nosso país ainda esteja bem.  

     Provavelmente o povo brasileiro não saiba que em muitos lugares, especialmente nas igrejas cristãs, existem pessoas que oram; pessoas que pedem a Deus para proteger as autoridades devidamente constituídas. Existem pessoas que pedem ausência de guerras e de violência. Existem pessoas que procuram obedecer às autoridades como é o desejo do Bondoso Deus, que inspirou o apóstolo Paulo a escrever: “Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares por ele.” (Romanos 13.1).

     Em nossa pátria terrena vivemos na esperança de dias melhores. No entanto, os dias perfeitos e eternos desfrutaremos em nossa pátria celestial. Todos aqueles que aceitam Jesus Cristo como Salvador dos seus pecados entrarão na pátria dos céus. Que Deus continue abençoando a nossa pátria aqui e nos preserve na fé em Cristo para um dia ingressarmos na pátria celestial.

Pastor Fernando E. Graffunder - Pelotas, RS.