Esta é a geração do descartável! No passado, um rádio à pilha era usado por anos e anos. Hoje se compram aparelhos por um preço bastante acessível e os mesmos duram três meses, seis meses ou quem sabe até um ano. Aquele relógio do aniversário de quinze anos que, todo cuidado era pouco, levava anos para ir ao relojoeiro para manutenção. Hoje não vale a pena pagar para consertar. É mais barato comprar um novo! É a era dos produtos com a garantia absoluta de que logo vai ser substituído por outro melhor, de alta tecnologia, como é o caso do celular que dia após dia apresenta um algo novo para seduzir seus usuários.
O descartável não se restringiu apenas aos bens materiais, de consumo diário, mas estendeu-se também às relações humanas. Não se fala mais da amizade duradoura, do casamento “até que morte nos separe”, dos longos anos de namoro, dos “trocentos” anos de empresa.
As relações passaram a ter um início, meio e, principalmente, fim. A tônica está no “ter” em detrimento do “ser”. As pessoas buscam os mais diversos atalhos para seus relacionamentos e acabam comprovando a lei de Murphy: “Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos.” As pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras.
Ao mencionar o dia dos namorados não se pode esquecer a questão dos relacionamentos. É necessário inverter os verbos “ficar e pegar” tão corriqueiros no cotidiano e conjugá-los desta maneira:
Fiquei! Encantado com as pessoas que fizeram diferença na vida de tantas outras! Fico! A favor daqueles que defendem um relacionamento sério, responsável e duradouro em suas amizades, namoros e compromissos. Ficarei! Com aqueles que defendem que o ser sobrepõe ao ter e “pegar” significa tomar a mão do semelhante e caminhar junto com ele na busca de uma sociedade mais humana e mais sadia. Em direção à vida em toda plenitude que Jesus Cristo, ao revelar seu amor incondicional pela humanidade, trouxe para todos e cantar:
“Vem, e eu te farei da minha vida participar. Viverás em mim aqui, viver em mim é o bem maior. Sim, eu irei e viverei a vida inteira assim. Eternidade é na verdade, o amor vivendo sempre em nós.” Esta vida tem a eternidade como garantia!
Duas palavrinhas:
Vida e Comunhão: E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem permanece em amor, permanece em Deus, e Deus nele.
Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro. 1 João 4:16-19
Sergio Becker – capelão escolar Mal. C. Rondon, PR
Nenhum comentário:
Postar um comentário