Na última Veja o assunto foi corrupção religiosa – O templo da perversão e A guerra nada santa dos pastores – ilustrado com a imagem de Jesus expulsando os mercadores do Templo. As acusações são assassinatos, estupro, tortura, bandidagem, enriquecimento ilícito, envolvimento corrupto com política e polícia, e por aí. Conforme denúncias, “em seu reinado de trevas usam a religião para ganhar poder e dinheiro”. As testemunhas são pessoas que tinham ligação de confiança que por disputas internas se tornaram inimigas mortais.
É lastimoso ver tudo isto quando a lama respinga em todo o cristianismo nestes tempos de proibição de crucifixos e achincalhamento dos conceitos morais e éticos nos Tribunais de Justiça, dos princípios básicos defendidos nas Escrituras Sagradas para a sobrevivência da sociedade. A corrupção vem de todos os lados, de fora e de dentro, e por isto o descrédito geral com as instituições tradicionais. Quem ganha? Os “falsos profetas” que se aproveitam do caos social com promessas fundamentalistas de milagres e libertação. É assim no “mercadão” do reino religioso, político, esportivo, empresarial, enfim, neste aquecimento global de gente obstinada pelo poder, fama e dinheiro.
É perigoso falar mal dos outros, afinal, o telhado é de vidro. Até porque o único que pode pegar o chicote e expurgar a podridão é o Santo Filho de Deus. E o joio sempre estará no meio do trigo até a colheita – conforme disse Jesus àqueles que queriam uma faxina ditatorial. Mas isto não autoriza cruzar os braços e esperar o juízo final. Bem disse Martin Luther King: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Por isto o conselho bíblico: “Os dias em que vivemos são maus; por isso aproveitem bem todas as oportunidades (...) Procurem entender o que o Senhor quer que vocês façam” (Efésios 5.16).
Marcos Schmidt
pastor luterano
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