quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Uma semana sem Liberdade

prédio-que-caiuPr. Márlon Hüther Antunes - Maceió

A queda do imponente Edifício Liberdade, ocorrido semana passada no Rio de Janeiro, sobre dois outros menores, ainda contabiliza o estrago desta tragédia e sobre os escombros se multiplicam os questionamentos: o que fez vir ao chão o grande Liberdade.

Com respeito às vítimas, seus familiares e todos que de uma forma ou outra lamentam o prejuízo e não são responsáveis, pelo triste fim do Liberdade, faço uma analogia deste fato que reflete justamente o conceito de liberdade vivenciado atualmente, onde assim como o Edifício seja por ignorância, desleixo, ou mesmo problema estrutural, a liberdade pode vir abaixo. Embora haja muita especulação, muitos excessos são apontados como responsáveis, inclusive o aumento de cinco andares na planta original; na vida bem sabemos que quando a liberdade ultrapassa os limites e excede-se, ela transforma-se em libertinagem, e esta sim também pode levar muitos aos escombros. Grandes podem cair sobre pequenos, famílias se dilaceram e lamentam perdas, diminuem-se as esperanças do resgate.

A questão da liberdade garante “eu posso fazer o que eu quero, ou todas as coisas me são lícitas” (1ª Coríntios 6.12a), a grande maioria das pessoas pensa assim, e não estão erradas! O problema é que esta é uma meia verdade, há um limite, um ponto de equilíbrio neste conceito, que reside na responsabilidade, e aí segue o versículo acima: “Pode, sim, mas nem tudo é bom... nem tudo convém” (1ª Coríntios 6.12b). A ideia de liberdade acima de tudo, sem limites, como a grande maioria entende, pode resultar no desfecho da história real - em ruínas.

tragedia-predio-desabamento-rio-de-janeiro-20120126-20120126-96-size-598Martinho Lutero tinha uma máxima, falando da liberdade cristã: “Somos livres em Cristo, mas servos pelo amor”, é disso que o Apóstolo Paulo tem em mente: “o saber ensoberbece, mas o amor edifica” (1ª Coríntios 8.1). Abrir mão da liberdade ou mesmo com ela ser responsável e ter limites, é o melhor caminho como cristãos e como cidadãos para preservar e conservar a vida – literalmente.

A liberdade, não a opressão ou manipulação (como por muitos praticada ou entendida) é a bases do cristianismo, parafraseando as palavras sagradas podemos entender: “ele era livre, mas se fez escravo, para que nós pudéssemos ser livres” (2ª coríntios 8.9). “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). “Edifícios” que tem toda sua estrutura em fundamentado sólido, - unicamente em Cristo - sua estrutura não vacila,
ninguém se perde, está livre do pior sofrimento e dúvida. Para esta liberdade só é exigido fé (se apegar) naquele que liberta, qualquer outra exigência torna cativo! Permita ser sua última semana sem liberdade!

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