O 7º pior da história. No momento em que escrevo estas linhas, já são mais de mil mortos nesta mistura fatal de terremoto com tsunami. Bem menos que os 200 mil mortos no Haiti, mas, mesmo assim, mil vidas preciosas, pelas quais também morreu o Salvador Jesus.
De qualquer forma, terremoto sempre é terremoto, e preocupa. Ele traz o alerta de que o chão que vivemos pode não ser tão seguro quanto pensamos. É loucura, portanto, agarrar-se a este mundo como se não existisse outro.
Enquanto os terremotos têm explicações científicas, o mesmo não se pode dizer do tremor que há no nosso coração quando experimentamos o chão tremer. Trememos pelo medo de sucumbir, de partir, de dar adeus, de morrer. Um medo natural existente no coração de cada um, por mais forte que demonstre ser.
O terremoto é apenas mais um daqueles momentos em que nos sentimos pequenos, indefesos, desprotegidos, impotentes. Ainda mais quando lemos que o alerta de tsunami pode chegar à América do Sul, ao Chile, Equador, Colômbia e Peru. Não chega ao Brasil (pelo menos esta é a previsão), mas, e se chegasse?
Na verdade, já chegou. Diferente, mas chegou. Outros terremotos têm feito nosso chão tremer, talvez até com mais intensidade. Notícias calamitosas da perda de um familiar, da doença terminal do pai ou da mãe, do acidente trágico com um amigo do peito, enfim, notícias desta natureza podem fazer nosso chão tremer e até desaparecer. O nosso mundo é assim. Não é tão seguro quanto pensamos.
Mesmo assim, temos garantias, não da Defesa Civil, mas da Defesa Divina: “Ele o cobrirá com as suas asas, e debaixo delas você estará seguro. A fidelidade de Deus o protegerá como um escudo” (Salmo 91.4). Como compreender isso quando passamos pelos terremotos da vida? Não deveria Deus livrar o nosso epicentro de tais abalos? É o que, no fundo, pensamos.
Não é tão simples compreender isto. Mas, com os olhos da fé, que enxergam além dos olhos físicos, podemos aceitar. Até porque foi em um terremoto que Deus deu a prova do preço que estava disposto a pagar para proteger. A Bíblia diz que, quando Jesus morreu, “a terra tremeu e as rochas se partiram” (Mateus 27.51). A terra tremeu, Jesus morreu e o mundo, por incrível que pareça, se encheu de esperança. Até que, no domingo, a rocha se abriu e Jesus voltou a viver. A esperança virou realidade.
Pelo terremoto da cruz e pela rocha do túmulo vazio podemos confiar que a proteção das asas divinas vai muito além dos abalos sísmicos deste mundo. Na verdade, é uma proteção ilimitada, eterna, que se estende para além desta vida. Há uma nova cidade, um novo lugar, nos esperando depois que este mundo tremer e desaparecer. É o céu, a vida eterna, o refúgio perfeito para quem apegou-se a Jesus em meio aos abalos deste mundo.
Naquele lugar, a fortaleza celeste, o Senhor promete, “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21.4). E nem terremotos.
(Pastor Julio Jandt)
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