Um médico da Inglaterra está sendo julgado neste mês pelo assassinato de dois pacientes. Eles teriam recebido doses de morfina dez vezes maiores do que o normal porque o médico estava distraído checando resultados de jogos na internet, acessando e-mail e fazendo transações bancárias.
Tempos atrás uma jovem de 18 anos morreu em um acidente nos Estados Unidos porque dirigia a quase 130 km/h e, simultaneamente, postava mensagens no Facebook.
Erros tão tolos que custaram vidas.
Talvez não nos demos conta, mas também cometemos erros que beiram a ingenuidade, e que podem custar caro. Falar ao celular enquanto dirige. Contar adiante um segredo. Tentar colar numa prova da escola. Alimentar um vício. Deixar a desonestidade fazer parte da administração. Tentar um suborno. Oferecer uma propina. Fazer chantagem.
As consequências podem variar, mas não sairão barato.
Por outro lado, há quem aparentemente faça tudo certo. Escova os dentes sempre após as refeições. Faz check-ups médicos rotineiramente. Não comete excessos. Alimenta-se adequadamente. Anda sempre bem agasalhado. Não esquece o protetor solar. Matricula os filhos na melhor escola. Não tem dívida com ninguém. Adquiriu muitos bens ao longo da vida. Não matou, não traiu, não roubou.
Tudo certo, não? Não.
Pense, por exemplo, no cidadão que sempre tem a documentação do veículo em dia, carteira de habilitação ok, níveis de óleo e água em ordem, carro lavado e encerado, extintor dentro do prazo de vencimento, pastilhas de freio novas – mas pneus carecas.
Há pessoas que cuidam de muitos detalhes e se esmeram por fazer tudo certo. Mas esquecem de algo que se constitui um erro fatal.
Este erro fatal é colocar Deus para escanteio e achar que se pode viver bem sem Ele.
Nós nos distraímos com tanta coisa ao longo da vida. Vivemos como se a morte fosse o fim de tudo. “Comamos e bebamos porque amanhã morreremos” era o lema dos seguidores de Epicuro e que parece resumir bem o sentimento da moçada de hoje. O que importa é o aqui e agora, com boa dose de prazer. As festas, as diversões, os passatempos da vida vão tomando tanto a nossa atenção que não percebemos que o carro da alma está desgovernado e em alta velocidade, ou, pior, nem percebemos que pela nossa forma de viver estamos passando a receita errada para as próximas gerações.
Esse nosso jeito inconsequente está aí, para todo mundo ver. Debatemos questões tão complexas como o aborto de anencéfalos, mas não refletimos o rumo que a juventude está tomando, com o sexo descompromissado, de ocasião. Queremos a melhor formação para nossos filhos, mas terceirizamos seu cuidado e educação para a escola, para a igreja, para os parentes. Não levamos em conta a eternidade, nem nos preparamos para vivê-la.
Certamente ainda há tempo para que não cometamos erros que podem ser fatais.
Por isso, “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Esquecer Jesus é o erro fatal.
Já viver com Ele, em confiança e serviço sinceros, é o acerto vital.
(Pastor Júlio Jandt)
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