A festa acabou. Depois de 7 dias de shows intensos e uma multidão alucinada, o Rock in Rio chegou ao fim.
Com o lema “Por um mundo melhor”, o evento incluiu a questão da sustentatibilidade, com o compromisso de reciclar 100% dos resíduos gerados antes, durante e depois da festa. Até “bituqueiras” foram espalhadas pela Cidade do Rock para favorecer a limpeza.
Mas o mundo melhor da sustentabilidade roqueira parece ter tido bastante trabalho, a começar pelo pouco uso dos contêineres para recolhimento do lixo e pela quantidade de garis (cerca de 200) trabalhando em três turnos. Segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio, 381 toneladas de lixo foram recolhidas nos sete dias do festival.
O mundo melhor não foi visto no número de infrações: 1.332 carros foram multados e 217 foram apreendidos. Isso sem falar nas 863 queixas de furtos, nos 13.503 objetos apreendidos e dos quase nove mil atendimentos médicos.
Por um mundo melhor. A pergunta que não quer calar é: existe uma chance de mundo melhor sem a direção e a bênção de Deus? Há alguma esperança de dias melhores tirando Deus da jogada?
O entusiasmo para ouvir o músico preferido deveria ser sentido em intensidade maior ao estender a mão para ajudar o semelhante. Deveríamos ser afinados não apenas na letra, no discurso, mas também na prática. Maior emoção deveríamos sentir para louvar a Deus pela vida que nos deu e, especialmente, pela salvação que Ele nos proporcionou. Menos lágrimas pelos artistas que faturam milhões e mais lágrimas quando enxergamos nossa situação calamitosa diante da justiça divina e quando sentimos, mesmo assim, o profundo amor que Deus tem por nós. A mesma vontade para entrar numa fila e esperar horas para ver o artista predileto deveria ter lugar em nosso coração na hora de irmos para a Casa de Deus, para o nosso encontro com Ele. Pelas linhas acima, dá para ter uma idéia de onde está mesmo o nosso tesouro. E onde está o nosso tesouro, está o nosso coração, disse Jesus (Mateus 6.21).
E então voltamos para casa. A cabeça aos poucos volta ao normal. Ainda estamos meio surdos. E a rotina nossa do dia-a-dia teima em estacionar junto a nós. E o mundo melhor? Ficou nas letras e melodias? Fixou-se na emoção do evento para de lá não arredar pé?
A verdade é que, por mais que tentem, esforços humanos serão apenas paliativos na construção de um mundo melhor. E paliativos não dão jeito na crise de consciência, na sensação de impotência, no egoísmo e individualismo que predomina. Pior que isso: e quando o festival da vida acabar?
Para todos esses problemas, só há uma esperança. A esperança de um megaevento que teve ares dramáticos na sexta-feira e final feliz no domingo: a morte e a ressurreição do próprio Deus, o Salvador Jesus.
Assim, se me permitem o trocadilho, Jesus is the Rock! Sim, Ele é a Rocha, não apenas in Rio, mas in your heart. Jesus, the Rock, é a única grande festa na qual o coração pode sonhar com um mundo melhor.
Pastor Júlio Jandt
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