domingo, outubro 16, 2011

“É possível obter Água da Vida no ‘Cristo Redentor’?”

cristo-redentor-uma-das-sete-maravilhas-do-mundo-1 “Pois lembramos, na presença do nosso Deus e Pai, como vocês puseram em prática a sua fé, como o amor de vocês os fez trabalhar tanto e como é firme a esperança que vocês têm no nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 1.3)

P. Élvio Nei figur – São Luís, MA

     A ‘semana das crianças’ é especial. O dia 12 de outubro é o ‘Dia das Crianças’, mas, além disso, a data é lembrada por ser aniversário de 80 anos da inauguração da estátua do ‘Cristo Redentor’ no bairro ‘Alto da Boa Vista’, no Rio de Janeiro, RJ.

     Símbolo do cristianismo, o monumento é um dos ícones brasileiros mais conhecidos mundialmente. Tanto que, em julho de 2007, foi eleito uma das novas sete maravilhas do mundo.

     Muitas foram as polêmicas antes mesmo da Construção da Estátua. Na época, um grupo de cristãos protestantes escreveu uma nota que dizia que “A construção de uma Estátua do ‘Cristo Redentor’ será, a um tempo, um atestado eloquente de idolatria” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristo_Redentor).

     Oitenta anos se passaram desde sua inauguração em 1931, e a pergunta continua a mesma; Seria o ‘Cristo Redentor’ um “Atestado eloquente de Idolatria”, ou uma ‘Expressão de fé’?

     E outras palavras, a pergunta que faço é se “- É possível obter Água da Vida no ‘Cristo Redentor’?”.

     Essa Pergunta pode ser respondida de pelo menos duas formas;

     a)- Não! Esse ‘Cristo Redentor’ é apenas de ferro e concreto. Não pode oferecer nada!

     Ou;

     b)- Sim! Certamente obtemos Água da Vida no Cristo Redentor. Não dessa estátua, mas do Cristo vivo e verdadeiro!

     A estátua do ‘Cristo Redentor’, por si só, como qualquer outra estátua, é completamente incapaz de oferecer verdadeira vida. E isso os cristãos de Tessalônica já compreenderam muito bem, há quase dois mil anos, quando Paulo, Silas e Timóteo lhes expuseram a Palavra da Vida por ocasião da segunda viagem missionária.

     Agora, em uma carta dirigida àquela igreja fundada por eles próprios (At 17.1-9), os três autores da carta (1Ts 1.1) manifestam sua alegria e orgulho pela fidelidade daqueles cristãos. Aquelas pessoas eram não-judeus, isto é, pagãos que “deixaram os ídolos para seguir e servir ao Deus vivo e verdadeiro” (1Ts 1,9) e, desde sua conversão, foram fiéis ao que “...ouviram e aceitaram. Não... como uma mensagem que vem de pessoas, mas como a mensagem que vem de Deus, o que, de fato, ela é” (1Ts 2.13). Aquelas pessoas deixaram a idolatria e a vida perversa de lado e reconheceram que é possível sim obter água da vida no Cristo Redentor vivo e verdadeiro e tão somente nEle.

     Para muitos cristãos a resposta à pergunta se “- É possível obter Água da Vida no ‘Cristo Redentor’?” parece clara; ‘- Da estátua não, mas do Cristo Verdadeiro e Vivo, sim!’. No entanto, apesar da precisão na resposta, continuam com uma ‘fé estática’ igual ao ‘Cristo Redentor’ de pedra e ferro.

     Infelizmente tenho ouvido muitas tentativas de justificar a falta de ação de muitos cristãos afirmando-se que se trata de ‘questão cultural’. Que a cultura do nosso povo é assim mesmo e que, por isso, não se faz o trabalho com tanto afinco como se esperaria que fosse.

     Não há dúvidas de que culturas diferentes possuem maneiras diferentes de tratar ou expressar sua fé. Mas os autores da carta aos Tessalonicences destacam um ponto comum em todas as culturas e que é como um ‘termômetro da fé’. E esse ‘termômetro’ Paulo, Silas e Timóteo analisam e apresentam o resultado positivo da leitura; “Pois lembramos, na presença do nosso Deus e Pai, como vocês puseram em prática a sua , como o amor de vocês os fez trabalhar tanto e como é firme a esperança que vocês têm no nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.3).

     Em outras palavras, aqueles cristãos ao receberem da ‘Água da Vida’ do Cristo Redentor, foram transformados. Eles não ficaram estáticos. Empenharam-se por fazer o melhor para o reino de Deus, pois sabiam que assim estariam cumprindo o propósito que Deus lhes deu enquanto congregação cristã.

     A , a Esperança e o Amor os fizeram trabalhar muito pelo reino de Deus. Essas três grandes virtudes cristãs são, invariavelmente, em qualquer cultura, uma espécie de ‘termômetro’ que indica o efeito da ‘Água da Vida’ que jorra do Cristo Redentor, verdadeiro e vivo, no coração humano; A Prática da Fé; o Amor que impulsiona ao trabalho no reino; e a Esperança em Cristo (Veja; 1Ts 1.3; Rm 5.1-5; Gl 5.5-6; Ef 1.15-18; Cl 1.4-5; Hb 10.22-24; 1Pe 1.21-22).

Brasil, Rio de Janeiro, RJ. No desfile da Beija Flor, o carnavalesco Jo„ozinho Trinta causou polÍmica e controvÈrsias com a Igreja CatÛlica com o tema "Rato e Urubus, Larguem a Minha Fantasia", ao tentar levar ao desfile uma imagem de Jesus Cristo, que foi proibido e teve que ser coberto por sacos pl·sticos pretos. - CrÈdito:ARQUIVO/AG NCIA ESTADO/AE/Codigo imagem:5018      Em 1989 o ‘ludovicense’ Joãozinho Trinta causou polêmica ao levar uma imagem do ‘Cristo Redentor’ para os desfiles carnavalescos daquele ano. A arquidiocese do Rio de Janeiro proibiu o uso da imagem sagrada em um ritual pagão, mas Joãozinho não se contentou. Ele levou para a avenida a imagem do ‘Cristo Redentor’ coberta por um plástico preto e com uma faixa dizendo; “Mesmo proibido, olhai por nós!”. (http://euqueroumsamba.blogspot.com/2011/01/cristo-mendigo-agitou-o-carnaval-de.html)

     Polêmica à parte, parece que a atitude do carnavalesco tem algo a dizer aos cristãos de nosso tempo; O ‘Olhai por nós’ soa como um pedido quase desesperado de um povo que não conhece o Cristo Redentor verdadeiro e vivo.

     Há muitas pessoas que vivem nas ruas das cidades, sob os braços de ‘Cristos’ construídos de pedras e ferros, mas que não conhecem o Redentor vivo e verdadeiro.

     ‘Olhai por nós’ é o pedido de muitas pessoas, que talvez não saibam, mas estão soterradas em seus delitos e pecados, mas que, ainda assim, até de maneira inconsciente, clamam por socorro a um ‘Cristo Redentor’ de pedras e ferro que não tem a Água da Vida.

     Essas pessoas precisam sentir o seu coração aquecer de verdade pela palavra e testemunho cristão. Elas precisam ver refletidos em nós, os cristãos, os efeitos da ‘Água da Vida’. E os efeitos são; o Amor para com as coisas de Deus; a prática de nossa ; e, a Esperança que professamos. Caso contrário, estarão sempre olhando para um ‘Cristo Redentor’ estático no alto de um morro incapaz de demonstrar qualquer tipo de afeição.

     “- É possível obter Água da Vida no ‘Cristo Redentor’?”

     Sim! Não da imagem de ferro e pedra, mas do Cristo Redentor verdadeiro e vivo. E esse só pode ser encontrado na Palavra de Deus e refletido no rosto de cada cristão que pela , Esperança e Amor testemunha a Graça e as Misericórdias de Deus. Assim é possível também que a visão da imagem do ‘Cristo Redentor’ no alto co Corcovado, provoque uma reflexão na vida de tantas pessoas perdidas pelos carnavais da vida. Além disso, as faça sentir o amor do Cristo Redentor verdadeiro e vivo refletido na vida daquelas pessoas cuja fé a imagem simboliza.

     Esse Cristo, o Redentor verdadeiro e vivo, desceu do alto dos céus e se embrenhou na escuridão do mundo para resgatar, tirar da mina soterrada, o ser humano sem chances de sair sozinho. Ele foi morto, mas reviveu em poder e glória garantindo assim o sucesso do meu e do seu resgate eterno. E agora, de Braços abertos recebe a todos quantos crêem em suas palavras; “... todo o que nele crê terá a Vida Eterna” (Jo 3.16b).

     Aliás, falando em resgate de minas soterrada, na ultima sexta-feira (14/10), completou um (1) ano do resgate dos 33 mineiros da mina que desmoronou no Chile em 2010. Mas este já é assunto pra outra mensagem...

     “Que a prática da nossa , o Amor que impulsiona ao trabalho no reino, e Esperança em Cristo sejam sempre testemunhas do Cristo Redentor verdadeiro e vivo para o mundo. Amém!”

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