quarta-feira, dezembro 23, 2009

*O clima de Natal*



    Escutei de pessoas diferentes a queixa de que já não existe clima natalino.

Fiquei surpreso, afinal, nunca houve tantas melodias tocando nas ruas. Nunca 
houve tantos enfeites e uma variedade tão grande de presentes. Qual seria o 
problema? 


    Ultimamente tem se falado muito das mudanças climáticas. O encontro de 
líderes mundiais em Copenhagen centralizava esse assunto. 


Muitas regiões de nosso estado sofreram destruições por causa do excesso de 
chuvas e pela presença de ciclones. Quem semeia ventos, colhe tempestades. 


Mas, o que afeta o clima de Natal não são ventos ou chuvas, não é o 
aquecimento global, é sim o esfriamento do coração, é a falta de 
contentamento! 


    No coração de muitas pessoas o brilho de Natal tem perdido a intensidade, 
não pela falta de pisca-pisca, mas porque toda a parafernália comercial tem 
construído uma Camada que impede que o Sol da Palavra de Deus ilumine e 
aqueça nossos corações. 


    Em nossas mentes, adornamos a Maria com seda, o José com uma túnica de 
costura perfeita, a manjedoura é feita em tom dourado, tudo para deixar a 
vitrine mais fashion, mas esquecemos a escolha de Deus, esquecemos que ele 
recebe os humildes e despreza os soberbos, esquecemos que ele não quis 
nascer em berço de ouro. No centro da festa um homem gordo e de barba 
comprida e alva veste roupas de frio em um calor tropical. De fato, o clima 
natalino sofre alterações! 


    Mas não podemos nos contentar em ser apenas como termômetros que sabem medir 
com precisão a temperatura, precisamos procurar o dom de sermos como pessoas 
termostatos, que são aquelas que influenciam, que mudam o clima, que trazem 
alegria, que geram a Paz. 


    Jesus veio para causar mudanças! Ele veio promover salvação! Ainda hoje se 
achega, vem no inverno e no verão, vem em qualquer temperatura, seja no 
tempo de Natal ou na Páscoa, no ano velho ou no ano novo. Ele vem. 


Que Deus conceda a cada um de nós o sublime dom de receber o Cristo. Assim 
seremos o próprio presépio, um presépio simples, mas que traz no coração o 
brilho de quem tem dentro de si não apenas o Menino de Belém, mas também o 
Rei e o Redentor do Mundo. 


(Ismar Pinz - Pastor)

quarta-feira, dezembro 02, 2009

A des-moralização das religiões


Na disputa por novos seguidores, muitas religiões, em sua atual expressão, estão deixando de ser fontes de valores éticos, transformando-se em pontos de oferta de serviços e cunho mágico. A esse fenômeno recente, o sociólogo Antônio Flávio Pierucci, professor do Departamento de Sociologia da USP, está chamando de "des-moralização" das religiões. Sua visão sobre o assunto foi apresentada na mesa-redonda "A falência ética das religiões no Brasil de hoje", durante o IX Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado na UFRGS (Univsersidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil), em setembro passado. Na entrevista que concedeu aos jornalistas Ademar Vargas de Freitas, Arlete de Oliveira Kempf, Clóvis Ott e Ida Stigger, Pierucci falou sobre o aumento do chamado "mercado religioso", sobre a crescente busca de experiências religiosas pelas pessoas e sobre o abandono da reflexão teológica nas religiões que mais crescem hoje no Brasil. Tomamos a liberdade de publicar neste site a entrevista, considerado seu papel relevante para os objetivos do nosso trabalho.

JU - As religiões estão desmoralizadas?

FP - Há que entender o que estou querendo dizer com isso. Meu trabalho se chama "a desmoralização das religiões no Brasil" por uma razão muito simples e empiricamente constatada. As religiões que estão crescendo no Brasil são em primeiro lugar as igrejas protestantes de estilo pentecostal. Entre as pentecostais, as que mais crescem são as que se convencionou chamar de neopentecostais, como Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Internacional da Graça Divina, Renascer em Cristo, Deus é Amor, e por aí vai. Elas oferecem um tipo de religião que é muito pouco exigente eticamente. Ou seja, as religiões estão deixando de propor pautas de conduta, de dizer o que é certo, o que é errado e estão oferecendo serviços que na linguagem de sociologia da religião se chamam de serviços mágicos.

JU - O que são esses serviços mágicos?

FP - São serviços tópicos. Você resolve problemas, aqui e agora: dor, desemprego, um filho drogado, um problema pessoal de droga. Mas não é só isso. O mercado religioso no Brasil ficou muito competitivo, é por isso que você tem a impressão de que as religiões são muito dinâmicas. Elas não podem deixar de ser dinâmicas, porque estão competindo entre si. Com isso, elas passam a oferecer, além dos serviços mágicos, sensações: a missa tem de ser agradável, o culto tem de ser emocionante, tem que ter algum transe, alguma chamada experiência religiosa, êxtase, calor no coração, uma certa corrente social de solidariedade que passa entre as pessoas. Também nesse sentido as religiões passam a oferecer sensações imediatas às pessoas. Tudo isso é um quadro de desmoralização das religiões. As religiões deixam de ser religiões moralizantes e passam a ser religiões mágicas. Elas não exigem que você necessariamente mude de vida e aprenda a se comportar independente de estar em estado de graça, em contato com Deus ou não. O processo de passagem da magia para a ética, das religiões mágicas para as religiões éticas, foi um processo de moralização.

JU - A intensa proliferação de seitas também não é uma forma de desmoralização das religiões?

FP - Quero explorar um pouco mais a palavra desmoralização. Entendo que, além de as religiões estarem desmoralizadas no sentido em que falei antes, como estão muito midiatizadas, como estão se expondo em excesso, começam a ficar banalizadas. Você liga a televisão, o rádio, a qualquer hora, tem alguém falando alguma coisa. Há uma hiperexposição da religião. Isso representa um risco de desmoralização da religião, que passa a ser algo importante, mas nem tanto... Porque os próprios agentes passam, agora, a disputar fiéis de todas as formas possíveis, e as religiões ficam cada vez menos exigentes. Hoje quem é exigente é o seguidor religioso. Ele procura uma religião que funcione. E encontra um mercado amplo aí. Se, digamos, a Igreja Católica não está resolvendo os problemas dele, ele pode sair. Se ele entrou numa igreja evangélica ou num culto afro-brasileiro e não está gostando, vai procurar outro melhor. Agora, na competição por fiéis, são os profissionais da religião que passam a ser menos exigentes. E oferecem uma religião que exige menos rigor na conduta pessoal, portanto menos ética, e proporciona mais festa, mais prazer. Tem um sociólogo polonês chamado Siegmund Bauman que diz que na pós-modernidade nós nos transformamos em "sensations gatherers", ou seja, coletores de sensações. Nós todos queremos sempre sensações novas. Por exemplo, na culinária, você quer sempre experimentar coisas novas. E as religiões oferecem um pouco isso, um cardápio razoável de possibilidades de fazer uma visitinha numa, uma visitinha noutra, dependendo do seu periscópio.

JU - Afinal, qual é o objetivo das religiões?

FP - Para responder a essa pergunta, parto do ponto de vista da tendência da sociologia da religião desenvolvida nos Estados Unidos, sobretudo. A pergunta que se fazia era: por que essa igreja cresce e aquela outra não cresce? Era um problema eterno para os sociólogos. Nós, no Brasil, durante muito tempo tentamos ver se as religiões estavam respondendo às necessidades da população. Dizia-se que certas religiões cresciam porque atendiam populações do campo, migrantes, que se desenraizavam, perdiam as referências, nas cidades grandes, demandando um senso maior de comunidade, um senso maior de transcendência. Isso acabava explicando no atacado e não no varejo. Por que algumas religiões crescem e outras não? Nós, sociólogos da religião, estamos agora, mais materialistamente, tentando deslocar a análise da demanda religiosa para a oferta religiosa. Com isso o enfoque não é o fiel, aquele que busca, mas o padre x, o pastor y e pai-de-santo z. São eles que vão responder por que a religião deles cresce, se eles estão oferecendo bem, se eles estão ativos, se não estão de braços cruzados esperando as pessoas chegarem, se eles vão à luta. Fica um pouco mais fácil entender por que a Igreja Universal do Reino de Deus cresce e por que a Igreja Católica ou a Igreja Luterana demora mais a crescer. A Igreja Luterana não cresce porque os pastores luteranos não querem crescer. Se eles querem crescer, eles devem ir à luta.

JU - Os luteranos são mais éticos...

FP - Não só são mais éticos, mas são também mais tradicionais. Ou seja, você nasce luterano. Eles fazem pouco esforço no sentido de se expandir para fora de seu universo religioso.
JU - A Igreja Luterana tem uma história, criou uma nova profissão de fé, a partir da separação da Igreja Católica. É algo ideológico, filosófico. Já as seitas nascem de um dia para o outro e arrastam multidões.

FP - Isso ocorre porque são pouco exigentes eticamente e são pouco exigentes intelectualmente. Existe um livrinho do Edir Macedo chamado "A libertação da teologia", o contrário da "Teologia da libertação". Quando ele diz "libertação da teologia", o que está querendo dizer? Que os pastores não precisam estudar sete anos de latim, hebraico etc..., para ler as escrituras no original. Com isso, liberta-se as igrejas também da teologia, desse fardo intelectual que é custosíssimo, caríssimo. Por outro lado, um quadro de pastores da Igreja Universal do Reino de Deus pode ser formado com treinamento de videocassete. É um processo de clonagem à imagem de Edir Macedo. É como um processo de franquia, com formação de quadros ágil e barata. Voltando ao que eu dizia antes, a minha hipótese teórica central é que as igrejas crescem dependendo dos profissionais que elas têm, e se eles estão dispostos a arregaçar as mangas, entrar no mercado competitivo. O Brasil ficou, em termos de religião, um mercado muito competitivo. A Igreja Católica, em alguns cochilos do governo, ainda consegue impor um pouco de sua influência, mas podemos dizer que o mercado está desregulado, ou seja, o estado se retirou desse campo mesmo.

JU - O padre Marcelo não é uma reação da Igreja Católica a esse quadro?

FP - Claro, e bem sucedido. Não sei se ele vai ter duração. É um tipo de catolicismo que oferece para as pessoas um culto alegre, interessante, suave, no sentido das exigências éticas e da pregação. Antigamente ia-se à igreja para ouvir uma pregação que era moralizante: não faça isso ou aquilo; isso é pecado, leve ou grave. Isso as religiões não falam mais.

JU - Então parece que não é difícil ser católico?

FP - Não é difícil ser um bom católico. Isso o Max Weber já dizia. Era difícil ser protestante. Hoje não é mais difícil ser protestante. Essa é a grande mudança. Não é muito difícil ser católico porque há o sacramento da confissão, o Weber já dizia isso. As regras são conhecidas, se a pessoa cair em pecado há a absolvição à disposição, é só entrar na igreja e ajoelhar diante de um confessionário. Por isso o Max Weber já dizia que o catolicismo é uma religião pouco ética, pois não engata na estrutura da personalidade: você peca, se arrepende e é absolvido; peca de novo, se arrepende de novo e é absolvido, e assim por diante. Toda a luta da Igreja Católica para proibir a pilula anticoncepcional é conhecidíssima. As mulheres católicas usam pílula; as mulheres católicas fazem aborto, que é proibidíssimo, mas têm esse alívio imediato que é um sacramento. O Calvino chamava a confissão de magia, questionando como um padre poderia tirar de uma pessoa a culpa por ter desobedecido a Deus. O catolicismo é uma religião muito mágica, pois tem sacramentos, tem água benta, a chave do sacrário, a hóstia, relíquias. O que é novo é que o protestantismo brasileiro, esse recente ,está virando mágico. O protestantismo não tinha essas coisas. Hoje, em várias igrejas, os pastores abençoam a água pelo rádio. Os protestantes têm água benta, têm relíquias, como vidrinhos com um pouco de terra de Jerusalém, cerimônias onde se jogam lençóis sobre as pessoas, como perdão dos pecados, os dias certos para concessão de graças: segunda-feira, prosperidade, terça-feira, expulsão dos demônios, e assim por diante. Os fiéis acabam levando para casa, pedacinhos de pano, relíquias, coisas pelas quais os protestantes verdadeiros - luteranos, presbiterianos, metodistas, calvinistas, puritanos - tinham o maior desprezo. Isso não existia no universo protestante. O protestantismo brasileiro atual, que é esse que cresce, é muito mágico, com pontos de apoio concretos, amuletos, que se levam no bolso, na carteira, para dar prosperidade. Isso não é protestantismo.

JU - Esse fenômeno está ocorrendo no mundo ocidental apenas?

FP - Não apenas. A expansão das liberdades democráticas trouxe a liberdade religiosa. A partir do momento em que o estado se separa da religião, há o que eu chamo de desregulação do mercado. A única coisa que que estado não tolera é a violência entre os grupos religiosos, como a que se ensaiou no Rio e São Paulo entre os neopentecostais e os umbandistas, quando crentes chegavam a agredir mães-de-santo com a Bíblia, e se falava em "guerra santa". Quanto ao resto, tudo é livre, livre no sentido de busca de fiéis.

JU - O senhor fala em desmoralização. E não se pode falar também em comercialização da religião? O dízimo alimenta as seitas, que por sua vez crescem vertiginosamente, adquirem redes de emissoras de rádios e televisão, prédios valiosíssimos em todas as cidades, inclusive em capitais européias. A religião não virou uma fábrica de dinheiro?

FP - Comercialização não é novo, sempre houve. Lutero se revoltou contra a Igreja Católica pela venda de indulgências. Um exemplo atual são os locais de peregrinação, onde se comercializam bens religiosos: o santinho, a medalha, o espelhinho, terços etc. Existe um mercado especificamente de bens religiosos. Isso a umbanda tem, o candomblé tem, o catolicismo tem e agora, algo mais diversificado, que vem com os novos evangélicos, que não só produzem cultos e pregações, mas discos, vídeos, música gospel etc. São dados empíricos que contribuem para a compreensão da nova teoria sobre a religião, que é a teoria da oferta. O outro lado desse fenômeno de desmoralização das religiões, no sentido em que proponho, é a magificação das religiões. A magia sempre teve como legítimo a troca econômica. O feiticeiro, o mago, sempre vendeu seus serviços. Os chamados "desafios" a Deus, dos neopentecostais, também têm uma característica mágica. O pastor intima o fiel a desafiar a Deus dando uma grande soma de dinheiro.

JU - A religião resolve problemas?

FP- A religião sabidamente resolve problemas neuropsicológicos. Num país onde as pessoas ganham pouco mais de 100 reais por mês, grande parte dos problemas são neuropsicológicos, que se resolvem com milagres... Resolve, às vezes, mais do que o médico, do que os serviços de saúde...

JU - Se as religiões deixaram de ser referências de sentido e de moral para as pessoas, o que preencheria esse espaço, qual seria a fonte de valores éticos para a população?

FP - Eu estou convencido de que quem busca o sentido de alguma coisa são as pessoas mais intelectualizadas. Quem está sofrendo problemas muito crônicos, muito imediatos, quer soluções. Quem já está mais sossegado tem mais tempo livre, tem leitura, começa com essa busca de sentido. Eu acho que as religiões ainda podem oferecer e oferecem isso. Elas têm um núcleo mais intelectualizado que oferece isso.

JU - Por que as pessoas, na sua busca religiosa, querem mais saber das "experiências" ditas espirituais e importam-se menos com o fundamento teológico daquilo que estão seguindo?

FP - Hoje a religião faz um esforço para se libertar da teologia, da busca intelectual, da reflexão intelectual, que é uma coisa exigente. É uma tendência que se confirma, de as pessoas quererem, hoje, na religião, a experiência religiosa. Elas não querem doutrina religiosa: querem uma visão, um sentimento, uma sensação, um êxtase. Isso pode ser obtido usando meios químicos, fumando maconha em Alto Paraíso, dançando, repetindo mantras, usando técnicas de inibir o pensamento, para se desligar da realidade, transcender a realidade. As pessoas querem experiências religiosas, porque as igrejas estão oferecendo essas experiências. E a experiência religiosa, por definição, é uma coisa irracional. A teologia é algo racional, exige fôlego intelectual.

Fonte: http://www.zzengo.hpg.ig.com.br/religioes_entrevista.htm

segunda-feira, novembro 30, 2009

Cazuza - Herói ou Bandido?

'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora .. As pessoas estão cultivando ídolos errados..
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?
Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.
Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado.
No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
São esses pais que devemos ter como exemplo?
Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora..
Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.
Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?
Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor .
Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar... Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos.
Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.'
Karla Christine - Psicóloga Clínica

(Do GoogleGrupos de Pastores da IELB)

sexta-feira, novembro 27, 2009

Ser sozinho.... estar sozinho......

Podemos estar sozinhos por uma contingência da vida, mas jamais seremos sozinhos. Nascemos em uma família, crescemos nos relacionando e só podemos existir em um meio social.
A doença solidão, que aflige a sociedade moderna, é causada pela insegurança e desconfiança em tudo e em todos. Esta situação afasta as pessoas e gera um estado vulnerável de ser só, o que é muito doloroso.
Portanto, não se pode confundir estar só com solidão. Estar só é uma situação circunstancial, enquanto que solidão é o sentimento de não pertencer. Precisamos nos relacionar com outras pessoas porque o cuidado, a atenção, o afeto e o carinho são fundamentais para a sobrevivência. Mas, não podemos colocar no outro a responsabilidade de nossa felicidade.
Quem depende de alguém para ser feliz é muito exigente, dificulta os relacionamentos e, logicamente, também depende para ser triste.
Felicidade significa prazer, um estado de contentamento, cuja sensação difere muito de pessoa para pessoa. Ser feliz não é uma forma de vida, mas um sentimento a ser experimentado. Não depende do que se possui, mas de como reagimos às circunstâncias da vida.
Podemos amenizar nossa dificuldade de estar só, ficando perto das pessoas que gostamos, cultivando novas amizades, praticando solidariedade e buscando atividades prazerosas.
Nossa vida espiritual também necessita de convívio. Junto com o grupo da igreja, podemos orar, estudar a palavra, louvar e servir ao próximo. Neste convívio, temos nosso consolo e nossa esperança fortalecida.
A família é a estrutura básica da vida e, mesmo com seus problemas, fazendo a nossa parte, podemos transformá-la em um porto seguro. Da mesma forma, os amigos, que são os irmãos que escolhemos, completam, com seu carinho, o conforto que necessitamos.
O convívio social e familiar permite a troca de sentimentos e um sentido para a vida. Mas, para aqueles cuja esperança está no Senhor, há uma certeza muito mais profunda.
“Lembrem disto: estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20). Jesus não diz “estarei”, mas sim “estou” e isto significa que Ele está conosco até o seu retorno, portanto, nunca estaremos sozinhos.
Lea Fuhr Weber – Psicóloga

Frase

* "Como dizia o grande psicólogo Gemelli, todos nós temos setecentos ou mil anos em nosso sangue. Herdamos, portanto, o passado com suas virtudes e vícios, e levamos adiante aquilo que colhemos e aquilo que produzimos em nossa existência".
(Dom Paulo Evaristo Arns, religioso, SC, 1921)

quarta-feira, novembro 25, 2009

Os Maias, o fim do medo


Só falta esta agora, o mundo acabar em 2012. Mas, e a Copa em 2014? As Olimpíadas em 2016? A gente brinca, mas o assunto é sério. Esta agitação sobre o calendário dos maias lembra um episódio parecido há dez anos. Naquela época uma profecia de Nostradamus fez muita gente acreditar que o mundo terminaria no dia 11 de agosto de 1999 – no último eclipse do século e do milênio. Lembro-me que a mídia criou um grande sensacionalismo, aproveitando o mito antigo “a mil chegará, de dois mil não passará”. Já se foi uma década, e é só espiar no retrovisor da história para desvendar uma infinidade de profecias que não deram em nada.
Mas o que dizer da promessa bíblica sobre a volta de Cristo e o juízo final? É outro mito de gente fanática que escreveu a Bíblia? Na verdade, o “novo céu e a nova terra” (Apocalipse 21.1) é uma das doutrinas básicas da fé cristã, professada no “creio em Jesus Cristo que virá para julgar os vivos e os mortos; creio na ressurreição da carne e na vida eterna”. E por mais que seja um assunto que faz muita gente torcer o nariz, hoje a própria ciência anuncia um “apagão” completo e definitivo de nosso planeta e do sistema solar. Conforme a série Poeira das Estrelas apresentada no Fantástico em 2006, o Universo tem um tempo de validade. Isto sem contar os alertas contra a destruição ambiental da Terra.
Em todo o caso, para os cristãos que aguardam a volta de Jesus, servem as palavras do próprio Cristo: “Ninguém sabe nem o dia nem a hora em que tudo isto vai acontecer” (Mateus 24.36). E se Pedro lembra que nos últimos dias vão aparecer pessoas dominadas pelas suas próprias paixões que vão zombar, dizendo: “Ele prometeu vir, não foi? Onde está ele?” (2 Pedro 3.3,4), por outro, o Salvador faz o alerta contra a aparição de muitos falsos messias e profetas anunciando o fim do mundo. De um lado, a total descrença – apoiada pela ciência puramente racional; de outro, a crença em qualquer coisa que aparece – alimentada pelo misticismo moderno.
Acho que estas profecias são semelhantes aos barulhentos sistemas de alarmes contra ladrões que a toda hora disparam por engano. Além de incomodar, ninguém mais acredita. No tempo em que as trombetas anunciavam o perigo, já se alertava: “Não acreditem em todos os que dizem que tem o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda a parte” (1 João 4.1). Mas, e se o alarme for verdadeiro? Creio que, mesmo quando a Bíblia anuncia que o “Dia do Senhor chegará como um ladrão”, o melhor jeito é estar preparado e receber um Jesus amigo – não alguém que nos faz sentir medo.

Marcos Schmidt
pastor luterano

quarta-feira, novembro 18, 2009

Palavras + que simples palavras... 01

Terrível. Implacável.

Assim eu via o Senhor.
Ele nos punia em vida e nos enviava ao purgatório após a morte ou
nos enviava para as chamas do inferno antes do descanso eterno.
Mas estava errado.
Quem vê um Deus enfurecido...
não O vê com clareza...
mas O vê através de um véu...
como se uma tempestade escura
escondesse a Sua face.
Se realmente acreditarmos
que Cristo é o nosso salvador...
então temos um Deus de amor.
E se tivermos fé em Deus significa olhar para Seu coração generoso.
Então se o demônio jogar seus pecados em seu rosto...
E disser que merecem a morte e o inferno, respondam...
“Eu admito que mereço a morte e o inferno, e daí?”
Pois sei de Alguém que sofreu e morreu na cruz para me redimir.
Seu nome é Jesus Cristo, o filho de Deus!
E onde Ele estiver,
Eu também estarei.

(Martin Luther)

Fome29 - Reflexão, Experiência e Ação - Primeira Etapa



Ocorreu entre as 13:00 do dia 14 e as 18:00 do dia 15 de novembro, a primeira etapa do Fome29 do Grupo de Jovens da Congregação Luterana Trindade de São Luís, MA. Fome 29 é um programa da JELB (Juventude Evangélica Luterana do Brasil) que visa concientizar os jovens da necessidade de ajudar o próximo necessitado. Na foto acima, a primeira Reflexão (Devocional) do programa dirigido pelos jovens.

Ação consitiu em arrecadar alimentos não perecíveis para doação a uma instituição da cidade.
 
A Experiência consitiu em, cada jovem, passar pelas 29 horas do projeto com apenas R$1,50 para alimentação.



segunda-feira, novembro 16, 2009

Culto de Instalação


Aconteceu no dia 08 de novembro, as 09h00min, o culto de instalação do Pastor Élvio Nei Figur na Paróquia Evangélica Luterana Trindade de São Luís, MA.

O Pastor Elton Rost (foto acima), de Teresina-PI, foi quem oficiou a cerimônia que ocorreu nas dependências da sede da paróquia situada na Rua Manoel Coelho Alencar, 1120, no bairro Planalto Pingão.

Na foto acima, o momento de instalação do pastor acompanhado da esposa Ana e da diretoria da Paróquia.

Após o culto, foi servido um delicioso churrasco no pátio da congregação.



segunda-feira, novembro 02, 2009

492 anos da Reforma Protestante


492 anos atrás, no dia 31 de outubro de 1517, Lutero afixou 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg. Com elas, o então padre, Martinho Lutero pretendia debater alguns pontos que, segundo ele, a Igreja da época estava ensinando de maneira errada. Seu gesto desencadearia o maior acontecimento do século XVI, a Reforma da Igreja Cristã do Ocidente.

A Teologia defendida por Martinho Lutero, é unicamente a ensinada pela Palavra de Deus e é constituida sobre três pilares, alicerçados sobre Cristo, o Único Fundamento;

Sola Scriptura - Somente a Escritura Sagrada é a Palavra de Deus dada aos homens. Ela é a revelação de Cristo a respeito do Criador, e da Salvação. Nenhuma Lei, ou tradição da Igreja, pode duvidar da Sagrada Escritura que é a revelação de Deus para os homens; “Toda a Escritura é inspirada por Deus...” (2Tm 3.16);

Sola Gratia - Somente pela Graça de Cristo o pecador é perdoado e justificado perante Deus; “Pela Graça sois salvos mediante a Fé” (Ef 2.8); e “... (somos) justificados gratuitamente, por sua Graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24);

Sola Fide - Somente pela Fé em Jesus Cristo o homem pode tomar posse dessa Graça de Deus. São Paulo escreve aos Gl 2.16; “... o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, (por isso nós) também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Confira tbém. Ef 2.8).

Estes são os três grandes pilares da Reforma que estão firmados sobre o Único Fundamento, a Pedra Angular, que é Cristo, sobre a qual a verdadeira igreja de Jesus Cristo está construída como diz; “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11).

quarta-feira, julho 29, 2009

FILHOS


“FALA-SE TANTO DA NECESSIDADE DE DEIXAR UM PLANETA MELHOR PARA NOSSOS FILHOS, E ESQUECE-SE DE DEIXARMOS FILHOS MELHORES PARA O NOSSO PLANETA”