Podemos estar sozinhos por uma contingência da vida, mas jamais seremos sozinhos. Nascemos em uma família, crescemos nos relacionando e só podemos existir em um meio social.
A doença solidão, que aflige a sociedade moderna, é causada pela insegurança e desconfiança em tudo e em todos. Esta situação afasta as pessoas e gera um estado vulnerável de ser só, o que é muito doloroso.
Portanto, não se pode confundir estar só com solidão. Estar só é uma situação circunstancial, enquanto que solidão é o sentimento de não pertencer. Precisamos nos relacionar com outras pessoas porque o cuidado, a atenção, o afeto e o carinho são fundamentais para a sobrevivência. Mas, não podemos colocar no outro a responsabilidade de nossa felicidade.
Quem depende de alguém para ser feliz é muito exigente, dificulta os relacionamentos e, logicamente, também depende para ser triste.
Felicidade significa prazer, um estado de contentamento, cuja sensação difere muito de pessoa para pessoa. Ser feliz não é uma forma de vida, mas um sentimento a ser experimentado. Não depende do que se possui, mas de como reagimos às circunstâncias da vida.
Podemos amenizar nossa dificuldade de estar só, ficando perto das pessoas que gostamos, cultivando novas amizades, praticando solidariedade e buscando atividades prazerosas.
Nossa vida espiritual também necessita de convívio. Junto com o grupo da igreja, podemos orar, estudar a palavra, louvar e servir ao próximo. Neste convívio, temos nosso consolo e nossa esperança fortalecida.
A família é a estrutura básica da vida e, mesmo com seus problemas, fazendo a nossa parte, podemos transformá-la em um porto seguro. Da mesma forma, os amigos, que são os irmãos que escolhemos, completam, com seu carinho, o conforto que necessitamos.
O convívio social e familiar permite a troca de sentimentos e um sentido para a vida. Mas, para aqueles cuja esperança está no Senhor, há uma certeza muito mais profunda.
“Lembrem disto: estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20). Jesus não diz “estarei”, mas sim “estou” e isto significa que Ele está conosco até o seu retorno, portanto, nunca estaremos sozinhos.
Lea Fuhr Weber – Psicóloga
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