Escutei de pessoas diferentes a queixa de que já não existe clima natalino.
Fiquei surpreso, afinal, nunca houve tantas melodias tocando nas ruas. Nunca
houve tantos enfeites e uma variedade tão grande de presentes. Qual seria o
problema?
Ultimamente tem se falado muito das mudanças climáticas. O encontro de
líderes mundiais em Copenhagen centralizava esse assunto.
Muitas regiões de nosso estado sofreram destruições por causa do excesso de
chuvas e pela presença de ciclones. Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Mas, o que afeta o clima de Natal não são ventos ou chuvas, não é o
aquecimento global, é sim o esfriamento do coração, é a falta de
contentamento!
No coração de muitas pessoas o brilho de Natal tem perdido a intensidade,
não pela falta de pisca-pisca, mas porque toda a parafernália comercial tem
construído uma Camada que impede que o Sol da Palavra de Deus ilumine e
aqueça nossos corações.
Em nossas mentes, adornamos a Maria com seda, o José com uma túnica de
costura perfeita, a manjedoura é feita em tom dourado, tudo para deixar a
vitrine mais fashion, mas esquecemos a escolha de Deus, esquecemos que ele
recebe os humildes e despreza os soberbos, esquecemos que ele não quis
nascer em berço de ouro. No centro da festa um homem gordo e de barba
comprida e alva veste roupas de frio em um calor tropical. De fato, o clima
natalino sofre alterações!
Mas não podemos nos contentar em ser apenas como termômetros que sabem medir
com precisão a temperatura, precisamos procurar o dom de sermos como pessoas
termostatos, que são aquelas que influenciam, que mudam o clima, que trazem
alegria, que geram a Paz.
Jesus veio para causar mudanças! Ele veio promover salvação! Ainda hoje se
achega, vem no inverno e no verão, vem em qualquer temperatura, seja no
tempo de Natal ou na Páscoa, no ano velho ou no ano novo. Ele vem.
Que Deus conceda a cada um de nós o sublime dom de receber o Cristo. Assim
seremos o próprio presépio, um presépio simples, mas que traz no coração o
brilho de quem tem dentro de si não apenas o Menino de Belém, mas também o
Rei e o Redentor do Mundo.
(Ismar Pinz - Pastor)
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