quarta-feira, maio 26, 2010

Vida em laboratório?

notcont6464 A notícia da semana passada, que pesquisadores americanos recriaram a vida, lembra aquela historinha do cientista que chegou para Deus e disse:

- Senhor, agora podemos também criar a vida.

- Tudo bem, disse Deus. Mas, antes, vamos fazer um teste.

- Que tipo de teste?

- Um teste de fazer gente, respondeu Deus.

- Legal, exclamou o cientista. Rapidamente se adiantou, pegou um punhado de barro e disse:

- Vamos lá, estou pronto!

Mas Deus retrucou:

- Assim não vale, tu tens que criar o teu próprio barro.

Propaganda enganosa - descreveu Moacyr Scliar sobre esta célula sintética inventada em laboratório. O que eles fizeram foi colocar na célula um enxerto que poderá ser programado para fabricar vacinas, medicamentos e até biocombustível, explica o médico. E ressalta o que todos já sabem: atrás desta pesquisa há muito interesse em grana.  Por outro lado, "nas mãos erradas, a novidade de hoje pode representar amanhã um devastador salto ao desconhecido", afirmou o Vaticano. Esta é a preocupação sobre a célula sintética, que pode trazer um impacto imprevisível e catastrófico à humanidade. Parecido com o urânio enriquecido, que além do uso medicinal, produz a bomba atômica.

Foi assim na primeira tecnologia - o manuseio do petróleo tanto na Arca de Noé como na Torre de Babel (Gn 6.14 e 11.2). "Logo serão capazes de fazer o que quiserem", questionou o Criador, antes de derrubar a soberba construção. Mas, e hoje quando as torres alcançam infinitamente os céus da tecnologia. Infinitamente? Scliar responde: "O problema para nós, humanos, não é o de criar a vida; o furo está mais abaixo (ou mais acima). O problema é o que fazer com a nossa vida. E, a resposta nenhum laboratório a dará".

O que fazer com a vida? O que fazer com a morte? Contraditório! Quanto mais descobertas, mais dúvidas; quanto mais remédios, mais doenças; quanto mais tecnologia para a vida, mais tecnologia para a morte. Não será isto um alerta quando os mistérios nos microorganismos e no Universo têm a permissão para serem desvendados? Por aquele que soprou nas células do complexo corpo humano a alma vivente? Um sinal amoroso daquele que se fez homem para recriar no laboratório da cruz a divina imagem perdida?  Creio que sim!

Marcos Schmidt

Nenhum comentário:

Postar um comentário